O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Roberto Barroso, comentou nesta sexta-feira (26) que a Corte não descarta a possibilidade de uma reação em resposta às sanções impostas pelo governo dos Estados Unidos contra membros do tribunal.
Sobre as Reações às Sanções
Ao ser questionado sobre a forma como os ministros receberam as sanções, Barroso afirmou que irá esperar o desfecho do julgamento relacionado ao complô golpista que ocorreu durante a administração de Jair Bolsonaro para fazer uma avaliação sobre a situação.
O Núcleo 1, que inclui o ex-presidente e mais sete de seus aliados, já recebeu condenações. Os Núcleos 2, 3 e 4 estão programados para serem julgados até o final deste ano.
Possíveis Medidas e Sanções Vigentes
A proposta é aguardar o término do julgamento para considerar qualquer medida, seja política ou judicial, declarou Barroso.
Até agora, ao menos seis ministros do STF já sofreram sanções do governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que incluem a suspensão de vistos de viagem e a aplicação da Lei Magnitsky. Além de Barroso, outros ministros afetados foram Edson Fachin, Cármen Lúcia, Flávio Dino, Cristiano Zanin, Gilmar Mendes, e Alexandre de Moraes, que é o relator dos processos relacionados ao golpe, juntamente com sua esposa, a advogada Viviane Barci de Moraes.
Por outro lado, os ministros Nunes Marques e André Mendonça, que foram nomeados por Bolsonaro, assim como Luiz Fux, não foram alvos de sanções.
Barroso também reforçou a necessidade de pacificação no país em meio à crescente polarização política. Aqueles que temem ser responsabilizados pela trama golpista estão procurando conflito, e não pacificação. Minha única decepção foi não ter conseguido promover essa pacificação, acrescentou.
Na próxima segunda-feira (29), os ministros Edson Fachin e Alexandre de Moraes assumirãocomo presidente e vice-presidente do STF, respectivamente, enquanto Barroso concluirá seu mandato de dois anos à frente da Corte.