As investigações a respeito do caso de bebês trocados em um hospital de Inhumas, Goiás, continuam a evoluir e trazer novas revelações. Este caso, que causou grande comoção em todo o Brasil, envolve duas famílias que, através de exames de DNA, descobriram que estavam criando os filhos biológicos uma da outra por mais de dois anos. A Polícia Civil está ouvindo depoimentos e solicitou novos testes para confirmar a troca que aconteceu na maternidade.
Desdobramentos da investigação em Goiás
A situação começou a ser investigada quando Cláudio Alves, pai de uma das crianças, pediu um exame de DNA devido a incertezas sobre a paternidade. O teste, realizado em outubro de 2024, confirmou que a criança criada por ele e pela ex-esposa Yasmin Kessia da Silva não era seu filho biológico. Um segundo exame validou que a criança também não era filha de Yasmin, levando-os a considerar a possibilidade de uma troca na maternidade.
Depoimentos e próximos passos nas investigações
As famílias prestaram depoimentos à Polícia Civil recentemente, com Yasmin e Cláudio sendo ouvidos na terça-feira (10) e Isamara e Guilherme na quarta (11). O advogado de Isamara e Guilherme afirmou que os relatos corroboraram o que foi dito por Yasmin, embora seu casal não tivesse suspeitado de quaisquer irregularidades até a revelação do caso. O delegado responsável pediu novos exames de DNA, mas detalhes sobre o procedimento ainda não foram divulgados, uma vez que o caso está sob sigilo judicial.
A Polícia Civil também planeja ouvir funcionários do Hospital da Mulher em 12 e 13 de dezembro. No momento, a direção do hospital não se pronunciou oficialmente e explicou que está aguardando o desfecho das investigações e que não pode comentar devido à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
A descoberta causou um impacto emocional profundo nas famílias, que agora enfrentam o desafio de lidar com as consequências da troca. As mães relataram momentos de confusão durante e após o parto, e ambos os casais expressaram seu desejo de manter um convívio familiar com as crianças.
Enquanto aguardam a conclusão das investigações, as famílias buscam respostas e esperam que seus laços emocionais com as crianças não sejam rompidos. A sociedade observa atentamente, na expectativa de que este caso conduza a melhorias nos protocolos hospitalares, evitando ocorrências similares no futuro.