A CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas está analisando seu foco de investigação para o Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD). Durante o depoimento de três testemunhas, senadores criticaram as recentes decisões do STJD, como a suspensão de 6 anos e multa de aproximadamente R$ 2 milhões para o dono da SAF do Botafogo, John Textor. O gestor do clube carioca fez diversas acusações sobre manipulações no futebol brasileiro. O presidente da CPI, Jorge Kajuru, o relator Romário e o senador Carlos Portinho defenderam a convocação de membros do STJD para esclarecimentos.
Punições desproporcionais e denúncias de manipulação de jogos
O tema ganhou força durante o depoimento do presidente do Vila Nova Futebol Clube, major Hugo Jorge Bravo. Ele foi o primeiro dirigente esportivo a denunciar suspeitas de manipulação de resultados de partidas. Bravo apresentou provas ao Ministério Público de Goiás (MP-GO) após ser informado de que um jogador estava sendo ameaçado por apostadores. Durante a oitiva, ele questionou a desproporcionalidade das penas decididas pelo STJD em casos anteriores de manipulação de jogos, comparando com as punições aplicadas a outros atletas. O senador Carlos Portinho mencionou a punição solicitada pelo STJD para John Textor, que foi considerada excessiva.