O influenciador Hytalo Santos e seu parceiro Israel Natã Vicente participaram de uma audiência de custódia neste sábado (16). Segundo informações do Tribunal de Justiça de São Paulo, a sessão ocorreu de forma virtual para investigar se houve ilegalidades durante o processo de prisão.
Manutenção da Prisão Preventiva
Após a análise, não foram detectadas violações aos direitos dos detidos, resultando na manutenção da prisão preventiva. A defesa já solicitou um habeas corpus.
Hytalo e Israel estão detidos desde a última sexta-feira (15) e estão sendo investigados pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB) e pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) por casos de exploração e uso indevido de menores em conteúdo para redes sociais. Além disso, existem também suspeitas de abuso sexual e tráfico de pessoas.
Repercussão do Caso
O assunto ganhou notoriedade após denúncias feitas pelo youtuber Felca, que denunciou a adultização de crianças e adolescentes. A prisão foi efetuada pela Polícia Civil de São Paulo (PC-SP), em colaboração com o Ministério Público da Paraíba, o Ministério Público do Trabalho e a Polícia Civil da Paraíba. Os mandados de prisão foram autorizados pela 2ª Vara da Comarca de Bayeux (PB), sob a responsabilidade do juiz Antônio Rudimacy Firmino de Sousa, onde os policiais confiscaram oito celulares na residência de Hytalo.
O MPPB enfatizou que as investigações estão sendo conduzidas com rigor técnico e respeito à dignidade das vítimas, especialmente children and teenagers. No entanto, ressaltou que o vazamento de informações confidenciais e ações de natureza civil, desvinculadas dos métodos de investigação criminal, comprometeram a eficiência e segurança das apurações, expondo potencialmente as vítimas a novos riscos.
O órgão destacou a necessidade de tratar o caso de maneira responsável, evitando sensacionalismos e priorizando a proteção da privacidade das vítimas, especialmente no combate à exploração sexual, especialmente em meios digitais.
O MPPB fez um chamado à ação enfatizando que é crucial combater o tráfico humano em nível estadual, uma vez que isso representa uma grave violação de direitos que, embora menos visível do que o tráfico transnacional, causa impactos profundos nas comunidades locais.
A defesa de Hytalo Santos e Israel Natã Vicente divulgou uma nota reafirmando a inocência de seus clientes.