O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, deu autorização nesta quinta-feira (22) para a busca pessoal e apreensão do celular de Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do Tribunal Superior Eleitoral. Essa decisão faz parte do Inquérito (INQ) 4972, que está investigando o vazamento de informações sigilosas contidas no celular do ex-assessor, as quais supostamente fazem parte de uma estratégia de uma organização criminosa que busca desestabilizar as instituições republicanas.
Autorização de apreensão de dispositivos eletrônicos
Foi autorizada a apreensão do celular de Tagliaferro, assim como outros dispositivos eletrônicos e materiais relacionados aos fatos em investigação. Tal medida foi pedida pela Polícia Federal após o investigado se recusar a entregar o celular durante o depoimento. A Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com a PF e apoiou a busca, considerando-a necessária para a investigação.
Divulgação de mensagens sigilosas
O conteúdo das mensagens trocadas entre servidores do STF e TSE foi divulgado em matérias jornalísticas e circulou nas redes sociais, surgindo notícias que relacionam esse acesso às mensagens a um possível vazamento de dados dentro da Polícia Civil de São Paulo. Isso ocorreu porque o celular de Tagliaferro já havia sido apreendido anteriormente, após sua detenção em um caso de violência doméstica.
Ao analisar o caso, o ministro Alexandre de Moraes considerou que os requisitos para autorizar a busca pessoal foram cumpridos. Segundo ele, a medida é necessária para obter elementos de prova que elucidem a investigação. Mesmo tendo sido ouvido pela PF, o ministro considera essencial adotar diligências investigativas complementares para determinar a autoria do vazamento das informações e a extensão das condutas investigadas.