Policial Militar detido por suposta execução de delator em aeroporto

Na quinta-feira (16), a Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo conduziu uma operação que resultou na prisão de 13 policiais militares, todos suspeitos de estarem envolvidos no assassinato de Vinícius Gritzbach, um empresário que delatou esquemas de lavagem de dinheiro relacionados ao PCC. O crime aconteceu no Aeroporto de Guarulhos em novembro de 2024, e também culminou na morte de um motorista de aplicativo que foi atingido por tiros.

Investigações sobre o Vazamento de Informações

Essas prisões fazem parte de uma investigação maior que visa apurar o vazamento de informações confidenciais por parte de policiais para beneficiar a facção criminosa. A operação incluiu a expedição de mandados de prisão para outros indivíduos que ainda não foram localizados.

Envolvimento com o PCC Identificado

Segundo a Corregedoria, as investigações se iniciaram em março de 2024, após uma denúncia anônima que alertava sobre o repasse de informações estratégicas por policiais militares. Esses dados eram comercializados a membros do PCC, com o intuito de evitar detenções e prejuízos financeiros à organização criminosa.

Vinícius Gritzbach estava entre os beneficiados pelos esquemas, contando com escoltas privadas fornecidas por policiais militares. As denúncias motivaram a abertura de um inquérito em abril de 2024 para investigar o envolvimento dos agentes com o crime organizado.

Assassinato de Gritzbach no Aeroporto

Gritzbach foi assassinado no Aeroporto de Guarulhos em 8 de novembro de 2024. Câmeras de segurança capturaram o momento em que homens encapuzados, armados com fuzis, dispararam contra ele antes de fugir. Um motorista de aplicativo que estava nas proximidades também foi atingido e faleceu.

A Corregedoria passou a cruzar informações obtidas a partir da quebra de sigilo telefônico e depoimentos de testemunhas, o que ajudou a identificar Denis Antonio Martins, um dos policiais militares detidos, como o principal suspeito dos disparos que vitimaram Gritzbach.

Declarações Oficiais e os Desdobramentos da Operação

O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, ressaltou que a corporação não tolerará desvios de conduta: “É inadmissível o envolvimento de agentes da lei com o crime. Aqueles que se desviarem de seus deveres, especialmente em conexão com o crime organizado, serão severamente punidos”, afirmou em entrevista à TV Globo.

A Corregedoria da Polícia Militar anunciou que a operação está em andamento a fim de identificar outros suspeitos e reforçar os mecanismos de fiscalização dentro da corporação.

Os policiais detidos na operação desta quinta-feira estão sendo investigados por suas possíveis ligações com o PCC, tanto pela venda de informações quanto pela participação no assassinato de Gritzbach. Durante a operação, celulares e documentos foram confiscados e estão sendo analisados para identificar outros envolvidos.

Segurança no Aeroporto e Medidas Futuros

O assassinato de Gritzbach levantou preocupações sobre as falhas nas medidas de segurança em áreas de grande movimentação. Mesmo com a presença de detectores de metais e câmeras de vigilância, os criminosos conseguiram agir rapidamente e fugir do local.

A operação da Corregedoria tem como objetivo fortalecer a segurança pública e prevenir novos vazamentos de informações que possam comprometer as atividades das forças policiais.

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