Recentemente, deputados do Psol e do PT manifestaram obstrução nas votações em Plenário, em resposta à maneira como o processo contra o deputado Glauber Braga (Psol-RJ) está sendo conduzido no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara. O colegiado decidiu a favor da cassação do deputado fluminense com 13 votos a 5, sendo que a decisão final deverá ser tomada pelo Plenário.
Reação dos líderes partidários
O líder do PT, deputado Lindbergh Farias (RJ), destacou que a reunião do Conselho de Ética revelou uma crise significativa para a Câmara. Ele mencionou o deputado Braga, que iniciou uma greve de fome em protesto. Lindbergh citou a deputada Luiza Erundina, que se uniu ao protesto, afirmando que uma solução deve ser encontrada para a situação atual.
O deputado Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ), vice-líder do partido, criticou a tardia abertura da Ordem do Dia no Plenário, observando que, normalmente, ela começam antes das 19h. Vieira lembrou que o presidente Hugo Motta tinha se comprometido a iniciar as votações mais cedo e questionou essa alteração.
Aprovação da dinâmica de votações
A dinâmica de votações foi aprovada por líderes partidários logo após a eleição de Motta para a presidência da Câmara.
A deputada Talíria Petrone (Psol-RJ) comentou sobre um suposto acordo para silenciar o deputado Glauber Braga, afirmando que este ataque é dirigido à esquerda e à democracia. Ela considerou a decisão do Conselho de Ética como autoritária e desproporcional, alertando para o precedente negativo que isso poderia estabelecer.
Em contraponto, o deputado André Fernandes (PL-CE) criticou a obstrução de votos, argumentando que o PT e o Psol estão priorizando interesses pessoais em detrimento das necessidades do povo brasileiro. Ele defendeu a votação do Projeto de Lei 127/24, que institui um programa de saúde mental voltado para pessoas idosas, o qual foi aprovado posteriormente no Plenário.
Contexto do processo de cassação
O processo contra Glauber Braga foi instaurado a pedido do partido Novo, que o acusou de quebrar o decoro ao expulsar, em abril do ano anterior, o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), Gabriel Costenaro, de maneira violenta. Essa cena foi registrada em vídeo. Glauber justificou suas ações afirmando que reagiu a provocações contínuas do membro do MBL.