Senado avança na criação do Drex, a nova moeda digital do Brasil

O Drex, uma moeda digital brasileira, está previsto para ser lançado em 2025. Neste momento, o projeto se encontra em sua segunda fase de testes, envolvendo instituições financeiras para avaliar a eficácia das soluções de privacidade e assegurar o sigilo dos usuários. No Senado, alguns parlamentares já estão atuando para facilitar as mudanças que podem surgir com a introdução da moeda, incluindo os contratos inteligentes. Mas, o que exatamente é o Drex?

O que é o Drex?

Anteriomente identificado como real digital, a moeda recebeu seu novo nome em 2023, quando começaram os testes em um ambiente restrito, conhecido como Piloto Drex. O nome foi escolhido de forma a refletir suas conotações: as letras d e r fazem referência ao real digital, o e provém de eletrônico e o x simboliza a ideia de conexão com a tecnologia utilizada. No entanto, ainda não existe uma data definida para o lançamento do Drex, que depende da conclusão da fase de testes.

Características e Utilizações do Drex

O Drex terá o mesmo valor que o real tradicional, será regulamentado pelo Banco Central (BC) e somente será emitido dentro da plataforma do Drex. De acordo com o Banco Central, a nova moeda permitirá a realização de várias transações financeiras seguras com ativos digitais. Esses serviços financeiros inteligentes serão liquidadas pelos bancos diretamente na plataforma do Drex. Para acessar a plataforma, os cidadãos precisarão de um intermediário financeiro autorizado, como um banco, que será responsável por transferir os valores depositados na conta para uma carteira digital.

Além disso, o real digital será tokenizado, o que significa que será vinculado a tokens (representações digitais de um ativo) e registrado em uma rede DLT, que é uma infraestrutura tecnológica que permite acesso simultâneo, validação e atualização de registros em um banco de dados em rede. Essa tecnologia é análoga à blockchain, utilizada nas criptomoedas, e permite a realização de transações e operações de forma segura.

Mas se já existe o Pix e o real em papel é pouco utilizado por muitos brasileiros, qual será a inovação com a chegada do Drex? Fabio Araújo, coordenador da iniciativa no BC, informou que o Pix foi desenvolvido para democratizar o acesso a serviços de pagamento, enquanto o Drex visa democratizar o acesso a serviços financeiros.

— A distinção é que você viabiliza novos negócios que não seriam possíveis em outros ambientes. Ao reduzir custos e aumentar a eficiência, novos participantes e negócios emergem, fazendo com que o acesso seja democratizado. O Banco Central é isso que busca: criar uma plataforma de serviços financeiros que vá além das funções de pagamento — explicou Araújo no Senado durante uma audiência pública em 2024.

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