STF ordena prisão de general da reserva por tentativa de golpe

O ministro Alexandre de Moraes, atuando no Supremo Tribunal Federal, determinou a prisão do general da reserva Walter Souza Braga Netto neste sábado (14). A decisão ocorreu após o pedido da Polícia Federal, que recebeu parecer positivo da Procuradoria Geral da República. Além disso, o ministro também autorizou a realização de buscas e apreensões referentes ao general e ao coronel Flávio Botelho Peregrino, que é assessor de Braga Netto.

Suspeitas de Golpe de Estado

Ambos os indivíduos são investigados por suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado, assim como por obstrução de Justiça, pois teriam tentado interferir nas apurações relacionadas aos eventos que estão sendo investigados.

Elementos de Prova e Ações do General

A Polícia Federal apresentou fortes e robustos elementos de prova que indicam a participação ativa do general Braga Netto em esforços para pressionar os comandantes das Forças Armadas a se unirem à tentativa de golpe. A PF também relatou que o general estaria envolvido em esforços para acessar informações sobre a delação premiada de Mauro Cid, além de movimentar e fornecer recursos financeiros para planejamentos que incluíam monitoramento de alvos e, potencialmente, o sequestro e homicídio de autoridades.

Ao avaliar o pedido da PF, o ministro Moraes destacou que as investigações da operação Contragolpe, juntamente com depoimentos do colaborador Mauro Cid, revelaram a gravíssima participação de Walter Souza Braga Netto nos fatos em apuração, desempenhando um verdadeiro papel de liderança, organização e financiamento, além de mostrar indícios significativos de que o investigado atuou reiteradamente para dificultar as investigações.

Decisões Adicionais

Em relação aos dois sob investigação, o ministro ainda decidiu pela proibição de contatos entre eles e outros investigados, além de ordenar a retirada do sigilo da decisão, da representação da Polícia Federal e do parecer da Procuradoria Geral da República.

As decisões que autorizaram a prisão, a busca e apreensão, assim como a remoção do sigilo dos documentos, podem ser conferidas nos respectivos autos.

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